março 18, 2009

Menino Marooooooooto

Chavez, o querido líder de um rebanho de oportunistas que lhe dizem “Sim”, dos ricos do regime, dos pobres que vai iludindo com cada vez mais palavreado e menos comida- continua sentado no seu cadeirão da República Bolivariana e ofende Bolívar que detestava pessoas como ele. Cada vez mais gordo e luzidio, bem protegido pela escolta e inteligência cubana, vai de vez em quando à televisão espantar o seu desastre, bolçar disparates e extremar a divisão do povo de Venezuela.

O assalto à eternidade no poder lá o vai fazendo aos poucos, mudando a constituição quando pode e violando-a aberta e declaradamente quando não pode. Reduz lentamente a democracia a zero. Silenciando pela prisão e intimidando pela ameaça (velada ou explícita) tudo o que é oposição destrói a esperança e novas soluções para um país. O limite às importações, as expropriações e as nacionalizações estão a aniquilar o pouco do tecido produtivo que tinha e a lançar no desemprego e desespero quem trabalha para viver. Esta é uma cópia exacta do que se passou em Cuba transformada num Museu vivo dos anos 50.

Chavez pode beijar o Menino Jesus, mudar os fusos horários, pôr o cavalinho da bandeira a andar para a esquerda (um dia baterá no mastro) mas já não ilude: é um desastre e bem a imagem de marca do Socialismo do Sec XXI. Ele, que nem sequer consegue segurar o Magalhães, anda agora a mudar a lei da descentralização. O objectivo é esvaziar de poder os estados governados pela oposição deixando-os sem meios para acudir à população. A tomada militarista de aeroportos, portos e autoestradas tem como objectivo o sufoco total de alternativas à sua clientela corrupta e narcotraficante.

Ele também não gosta de ingerências, prefere ingerir e não são arepas. Nem sempre tem corrido bem. Um palerma “bolivariano” foi apanhado em Miami com uma mala cheia de dinheiro para a comparsa argentina (a artificial Kirchener). Foi condenado e agora vai ser namorado de um qualquer vilão de uma prisão americana. Segundo a NewsWeek tentou ainda conspirar com dois ministros cubanos para ganharem a dianteira ao mano Castro no poder. Não está seguro que este seja capaz de controlar hordas de cubanos esfaimados de alimentos e liberdade e teme que Cuba se aproxime dos EUA. Correu mal: foram apanhados, caíram em desgraça e preencheram o documento modelo Estalinista para estas situações. Uma carta transparente, como exige a Nomenklatura, que nada diz do que se passou e pede desculpa de qualquer coisa. Chavez foi chamado a Cuba e encostado à parede: ou apanha juizinho ou perde o knowhow para se manter no poder. Os Castro se calhar já aprenderam mais um pouco: a árvore das patacas bolivarianas está a secar e vive de reservas, a Rússia só vende armas não compra nada nem investe nada. Só há uma solução para pôr na mesa dos cubanos um iogurte para o bebé ou um bocadito de carne para os adultos: abrir-se aos vizinhos do Norte. Este é um risco que Chavez corre...

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