dezembro 04, 2009

Ai, Nélita..Nélita... nunca me enganaste

Nunca confiei na Nélita. Aquela cara magricela, aqueles vestiditos do século passado, aquele penteado vergonhoso ao pé do da Maria de Belém, aquele colar foleiro ao pescoço e fundamentalmente aquela mania de colocar impávida números desagradáveis em cima da mesa com a mesma desfaçatez que o cangalheiro apresenta a conta do funeral à família enlutada.

Havia nela qualquer coisa de misterioso. Descobri isso quando de repente vi uma coisa rara... uma folha de Outono a cair de uma árvore. E se ela for uma eminente cientista especialista em Telecomunicações, Telemóveis, Hacking e outros artes? Assim como o desmazelado e distraído Tio Alberto dos Cinco!

Contratei o Anacleto, agente secreto, que se pôs em campo dia e noite. Apresentou-me isto e uma conta mirabolante.
- Mas o autor é John Blau não é a Nélita!
- Oh, amigo ela assina com pseudónimo. Se reparar o nome tem um l, um n e um a! Não é por acaso!

Rendi-me a tanta sagacidade e dei razão ao Silva da espionagem!

Sem comentários: