abril 01, 2010

Síndone de Turim

Apareceu algures em França no Séc XIV mas apenas tive consciência da sua existência numa visita à Catedral de Turim: trata-se da Síndone de Turim. É um enorme pano de linho de muito elevada qualidade que envolveu um homem severamente maltratado e crucificado. Não está exposto na Catedral mas têm várias fotografias interessantes em exposição. Não é uma pintura ao contrário vários outros pois não tem qualquer sinal de pincel.

O pano apresenta marcado o vulto de um homem com mais de 1.70 que terá sido estendido de costas sobre ele. Foi dobrado de seguida para lhe cobrir a parte frontal.

Estudado com muito cuidado sob vários aspectos revela dados interessantes. O vulto impresso mostra que o corpo:
- Foi barbaramente chicoteado várias vezes por um instrumento temível: o flagelum;
- Foi vestido e transportou um lenho às costas (não a cruz completa como se representa habitualmente) que lhe deixou marcas no ombro esquerdo. Não foi chicoteado no caminho como eram outros condenados;
- Os joelhos tinham sinais de terra devendo ter caído várias vezes;
- Tem marcas de perfuração circular do couro cabeludo bem contáveis;
- Escorreu sangue dos pulsos em várias direcções denotando que se debateu na cruz mudando de posição antes de morrer ;
- Tem uma ferida no peito de onde jorrou líquido que já não era sangue, uma tumefacção de um lado do rosto e o nariz partido;
- Foi sepultado à pressa não tendo sido o corpo lavado mas aspergido com perfumes e outras substâncias que ajudaram a imprimir a imagem no linho se o corpo estivesse em contacto com este cerca de 48horas mas não mais;
- Tinha sangue do tipo AB;
- Soltou-se do linho de uma forma inexplicável e o linho indicia exposição a uma luz muito intensa durante pouco tempo.

A síndone tinha esporos de plantas apenas existentes nas cercanias do Mar Morto assim como outros vestígios que provam ter estado nessa zona. Foi vítima de um incêndio também na Idade Média.

Datado pelo método do Carbono 14 indicou ser da Idade Média. Vários cientistas vieram a terreiro dizer que o incêndio impregnou o fino tecido com carbono o que poderá ter falseado os resultados da datação.

Poderá ser o pano de linho comprado por José de Arimateia, um homem rico, que envolveu Jesus sepultado rapidamente pois aproximava-se o Sábado.

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