março 04, 2013

Lixando a Malta

A lixação colectiva do último sábado foi o que se esperava: lixou a organização. Valeu por não haver distúrbios o que foi notável.

De resto era uma lista de coisas a lixar: lixar a Troika, lixar o Passos, lixar o Coelho, lixar o Gaspar, lixar o Relvas, lixar o Silva, lixar o Portas, lixar ... lixar, lixar. Lixadores militantes, militando em esquerdumes mais ou menos lixados e lixantes gritaram palavras lixadas a lixar e linchando quem bem lhes apetecia. Queriam as vidas deles (eu não a quero), queriam mais reformas, mais salários, mais apoios, mais dinheiro .... de borla claro. Queriam apenas receber que trabalhar faz calos.

Valeu a passeata que faz sempre bem e dá trabalho a jornalistas amigos que convivem com os pretendentes a lixadores que estão sempre com o Povo, querem que o Povo mande, sabem de Democracia como ninguém e mandam lixar tudo o que não lhes interessa. Democracia no bolso e slogan na boca esta elite parola citadina, que se levanta tarde ao sábado e sem nada para fazer, ataca os cortes com a mesmas ganas que uma imperial na esplanada ou subsídio de transporte que mais ninguém tem.

Um jornalista da SIC escuta deleitado bacoradas, parvoíces  inanidades e nojeiras: nestas coisas qualquer frase pode fazer história no jornal das 8. O jornalista ouve um pobre de espírito que quer coisas mais contundentes que as manifestações: fica ali o idiota sem ser capaz de dizer o que quer e o jornalista feliz por supor o que ele quer mas que nem um nem outro ousam dizer. Um degredo! Que se lixe a SIC.

Saiu uma lista de ricos e a TVI comentou. Passou a Sra Santos de Angola onde 90% da população vive com menos de 1$ e a TVI passou por cima, passou Amâncio Ortega e logo foi associado ao descalabro Espanhol de carimbo socialista. Que se lixe a TVI.

Entretanto os "trabalhadores" da Transtejo ou Soflusa, ou o raio que os parta, lixam os utentes que querem trabalhar encafuando-se num plenário à hora de ponta: um revivalismo do PREC.
Entretanto os "trabalhadores" da TAP lixam os utentes por não quererem cortes que todos tiveram e aos quais foram poupados para a nobre tarefa de "defender a Empresa" e evitar a "fuga de quadros altamente qualificados".
Entretanto os "trabalhadores" da CP aparelham-se para lixar os utentes e defender as suas intocáveis e únicas regalias que continuam a andar por cima de carris bem oleados.

Estou-me lixando: uso pouco qualquer uma delas e vejo televisão para manter a glândula a segregar bílis. 

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