junho 29, 2013

O abraço da cobra pitão

A pitão é um bicho implacável: abraça a vítima e lentamente vai-a comprimindo. A cada expirar mais profundo ela aperta mais um pouco, mais um pouco ... até conseguir os intentos.

No Brasil muita gente veio para a rua. Aparentemente terá sido uma manobra da esquerda para capitalizar os erros que os mesmos vão cometendo. Nada mais perturbante e confuso que protestar contra eles próprios: esvaziam as razões de quem é prejudicado e assumem a liderança da mudança. Que mudança? Aprofundar as conquistas que foram conseguindo. Foi assim no PREC e a estratégia é sempre a mesma. Pouco se ouviu de útil além de protestar contra a criminalidade. Casos como uma dentista (solteira e que cuidava de sua mãe incapacitada)  abusada, roubada e morta com requintes de malvadez por uns rapazolas ricos com espampanante carro abalaram recentemente o Brasil. Outros, como o caso de uma rapaz que não foi suficientemente lesto a entregar o celular e, por isso, liquidado como um animal, estavam ainda frescos. Pelo meio os habituais activistas a destruir o que aparece e exigir tudo grátis: ou seja uma nova escravatura para os satisfazer. Brasília legisla apressada mais umas leis que são papel molhado. A ideia: controlar mais. O Brasil entretanto, além do que Olavo refere, liquidou a instituição militar, retalhou partes do território e lançou em plano inclinado os vestígios de moral que ainda tinha.

No Equador e na Bolívia os democratas indígenas esmagam quem se atreva a criticar. A comunicação social independente vai morrendo ou, se não morre, é comprada para disfarçar um pouco. A imitação da Venezuela, onde um frango é agora um bem raro, é o mote.

A Nicarágua já nem aparece nas notícias. Cada vez mais um sub-mundo de miséria total, doença, prostituição, corrupção e desalento depois de um golpe constitucional onde unanimemente os juízes escolhidos a dedo confirmaram que o preto era branco.

Na Argentina a kirchner, associada ao Juiz Garzon com quem partilha a cama segundo as más línguas, tentou uma "democratização da Justiça". A manobra, que visava entregar a Justiça aos amigos, esbarrou no Supremo. O Presidente do Supremo está agora a contas com a "Hacienda". O método já era usado pela Evita: pedia umas "dádivas" aos empresários para pagar os luxos. Os que não pagavam recebiam a visita incómoda da "Hacienda". O assédio da apreciadora de carne de porco afrodisíaca ao Clarin é já uma normalidade. Hoje foram as cúpulas militares varridas de uma só vez e substituídas por marionetas da "Presidenta".  A economia é uma espiral perigosa e a fome grassa.

O abraço da pitão na América Latina vai colhendo vítimas: cada protesto é um motivo para apertar mais um pouco. Conseguiram construir na América latina o que perderam a leste.

1 comentário:

Unknown disse...

A democracia tem coisas fantásticas... os governantes são eleitos e depois é isso. Nas próximas eleições vão outros para o poder e a coisa continua ou piora. A ditadura é que é má.