maio 25, 2014

Êxodo

Havia ontem um grande reboliço no ninho que uma ave minúscula decidiu fazer num tufo da minha planta que dá a flôr-de-cera. Pai e mãe e viajavam incessantemente até ao ninho e a chilreada crescia na expectativa de um pouquinho de comida. As cabecitas de três juvenis assomavam já à abertura do ninho para logo se esconderem baixando as cabeças quando nos viam. O chilrear também era abafado logo que um dos adultos fugia e piava num certo tom: era aviso de perigo eminente.

Hoje de manhã ainda era mais intenso o chilrear. Percebi ... um dos filhotes tinha-se aventurado para fora do ninho e persegui-o de máquina fotográfica em punho. Ele escondia-se onde podia e os pais observavam. Dois outros continuavam no ninho.
Um juvenil pensando que está escondido da máquina fotográfica (que não foca nada bem)


Saímos para almoço e quando voltámos o ninho estava vazio. Andavam todos no quintal a esvoaçar de ramo em ramo ou pelo chão. As piadeiras ouvem-se agora mais distantes. Partiram para não mais voltar e entraram num mundo novo e cheio de curiosidades que observavam de uma pequena abertura. Foi mais um milagre da criação ... ali encostado à abrigada parede da cozinha passa mais um ano deste mistério.


1 comentário:

Unknown disse...

Pode ser que seja um sinal de sorte. :)