julho 01, 2016

O Sr Feliz e o Sr Contente: apaguem a memória

O jovem José Alberto Carvalho e a noviça Manuela Ferreira Leite lá estiveram a discutir o BREXIT na última palradela da semana. José Alberto Carvalho trouxe à baila o terrível voto de pessoas de 90 anos que condicionaram o referendo e o futuro. A noviça Manuel apoiou e acha-os saudosistas da "Inglaterra que já não existe"  e não vai voltar (esses malditos senis, retrogrados e reumáticos).

Pensava que esta história de atacar os idosos, por uma suposta tendência de voto, viria das franjas da esquerda radical e dos habituais animais que mostram os dentes nestas alturas. Afinal até os pivots e comentadores televisivos alinham. A noviça lá lembrou ainda que os imigrantes são importantes para pagar as reformas. A Nélita pensa que estamos doidos! As nações europeias têm centenas de milhares de refugiados a viver sem trabalhar (mais de 85% não trabalha nem quer trabalhar), tem milhões de desempregados, tem pessoas na miséria da rua e as pensões ganham com isto tudo? Esta visão utilitária dos imigrantes é digna? E depois quem paga as pensões dos agora imigrantes? Os países de onde imigram não estão a ser explorados?

Já os apoiantes do Podemos desejam a morte de todos os velhos para abrir uma via de "progresso": já foi assim com os comunistas a suprimir proprietários, burgueses e reaccionários; os comunistas do cambodja queriam banir quem soubesse ler, escrever, tivesse óculos e livros;  já foi assim no nazismo que decidiu varrer os judeus para implementar a versão alemã do marxismo; é assim com os "palestinianos" que para poderem viver não podem ter judeus ao lado; agora a sanha é com os mais idosos e os apoiantes são ainda muitos mais.

Os velhos devem ser eliminados porquê: em Espanha lembram-se bem ainda da guerra civil desencadeada pela esquerda para fundar uma nova sociedade contra todas as raízes do povo; em Inglaterra lembram-se de tios, pais e avós que caíram em Inglaterra e na Europa; lembram-se de uma vida de penúria e de sofrimento para recuperar; lembram-se que podiam sair à rua em segurança; que os filhos podiam ir à escola caminhando pela beira da rua sem perigo; que as filhas não eram vítimas de gangues de violadores e proxenetas;

Era bom poder apagar a memória. Em Espanha tudo fazem para o conseguir com a Lei da (Des)Memória Histórica coma a qual um PP desmemoriado tem colaborado.

Os povos da Europa estão cansados de ilusões: dos mesmos partidos que fazendo tudo igual não deixam outra solução. Que solução? Abanar o sistema quando puderem. Havia duas partes apenas: Sim ou Não. Votaram não! A Europa já existia antes da UE.




3 comentários:

Unknown disse...

Está a faltar um pouco de cultura asiática em que os idosos são valorizados pela experiência e mesmo pelo respeito que lhes é devido. Se temos o que hoje temos é porque os mais antigos o tornou possível.

Quanto ao resto, é como diz o ditado: os cães ladram e a caravana passa. Depois da vitória do Brexit, o "estabelecimento" anda com medo de novas derrotas. Tudo uma questão de tempo...

Bilder disse...

"À semelhança de Joe(que representa o trabalhador industrial americano),milhões de americanos de meia-idade perderam a narrativa da sua vida,sentem-se derrotados,sentem-se a mais.Não por acaso,os EUA estão a ser varridos por uma epidemia de suicídios.A distopia leva ao suicídio e,antes disso,ao voto em Trump.Ora,o eleitorado do "Brexit" é idêntico ao eleitorado do Trump.O norte de Inglaterra está repleto de homens como Joe Six Pack e,sem surpresa,também mergulhou na catástrofe do suicídio.Se à distopia da globalização juntarmos a questão islâmica e o politicamente correcto(nota minha: finalmente vemos estas questões a ser colocadas nos média e isso já é alguma coisa tendo em conta o quão difícil é opinar fora do dito "normal" nos jornais e afins)que vê "racismo" em qualquer crítica aos muçulmanos,ficamos com as causas do voto no "Brexit". (continua o texto e voltarei a ele)----------do artigo Suicídios de Henrique Raposo

Lura do Grilo disse...

De acordo Bilder! A epidemia de suicídios até é bem racista: atinge maioritariamente homens brancos e muitos consumidos em vícios e desemprego. A falta de família também deve ajudar.