fevereiro 18, 2017

Só os paranoicos sobrevivem

... dizia um especialista sobre negociar e viver na deep web. Mas quem vai observando a política portuguesa leva um tempo de arena considerável.

Percebemos todas as trafulhices engendradas por Costa e Marcelo, usando como peão de brega o infantil e inexperiente Centeno, para salvar a Caixa às mãos de uma vedeta "pós-revolucionária" e ultra-galática chamada António Domingues. A ginástica política e de amarfanhamento da lei é digna de loucos: afinar a máquina para escapar a um simples parágrafo, claro como água que vincula a administração pública, coloca o país ao nível das ditaduras bolivarianas ou da Nicarágua. O presidente dos afectos e do diálogo é afinal mais um, neste ninho de serpentes preparado por Sócrates e Sampaio.

Hoje, no 2º Telejornal que vi nesta semana, já percebo mais um considerável avanço. A escola de um país que só a inovação e o conhecimento farão progredir (diz o Costa e todos os anteriores) vai ter uma reforma curricular. Depois de isentar os alunos da incomodidade psicológica de ter que fazer exames no fim de um ciclo de estudos (que permitiria avaliar também a escola), depois de fechar escolas com boas classificações para mover alunos para escolas piores, depois de a vida além do défice e da festa na educação redundar em quedas de estuque, quedas de reboco e imensas florestas de mofo, vem outra inovação. Vão tirar horas a Matemática e a Português para dedicar a Ciências Sociais. Reparem bem Ciências Sociais é agora um ramo necessitado no país: aguardo reacções da SPM.

Não sei onde iremos parar mas não deve estar longe daquela a que Maduro encomendou a Venezuela. Quando uma aluna de Liceu -naqueles psicóticos contactos com o Povo que aqui coloquei- se queixou de não ter cantina, de a escola não ter portões, de a escola estar degradada, de a segurança na rua ter desaparecido, o ditador mandou-a para a "calle" (rua) protestar. Teremos especialistas em protestar na rua e chegarão a um ponto que o protesto será tão tonto que nem saberão contra o quê e contra quem protestam, se é que agora sabem.

Boa Sorte.

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